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Cirurgia inédita na rede estadual da Paraíba é realizada entre unidades gerenciadas pela Fundação PB Saúde

publicado: 24/07/2024 12h23, última modificação: 24/07/2024 15h33

Uma parceria entre o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e o Hospital do Servidor General Edson Ramalho, unidades gerenciadas pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), e pertencentes ao governo do estado, permitiu a realização de uma cirurgia inédita na rede pública, a mastoidectomia. O procedimento realizado com sucesso em um paciente de 48 anos, consiste no tratamento de infecção que atinge o osso temporal, onde estão contidas as estruturas da orelha.

O atendimento ambulatorial, e exames, foram realizados no Hospital Edson Ramalho, já a cirurgia ocorreu em uma das 11 salas do bloco do Hospital Metropolitano, no último dia 6 de julho. Segundo a otorrinolaringologista Camila Galdino, que atendeu o paciente, o quadro dele era de doença infecciosa crônica do ouvido, uma doença que, de acordo com a médica, é silenciosa, e que a longo prazo pode causar perda de audição, risco de meningite, paralisia facial, entre outros malefícios. 



“O tratamento para este tipo de doença é a mastoidectomia, uma cirurgia delicada, feita na base lateral do crânio, e que requer equipamentos de última geração, como microscópios específicos”, explicou Camila.

Na rede estadual da Paraíba, o único bloco cirúrgico com este tipo de equipamento é o do Hospital Metropolitano, uma unidade de referência nas áreas de cardiologia, neurologia e endovascular. Como o Metropolitano e o Edson Ramalho são gerenciados pela PB Saúde, as direções providenciaram um atendimento integrado, para fornecer essa cirurgia.

Com a data marcada, a equipe médica do Edson Ramalho foi até o Hospital Metropolitano e, junto com a equipe cirúrgica da unidade e a otorrinolaringologista Camila Galdino, fizeram a cirurgia, com sucesso.

“Toda essa integração aconteceu de forma rápida. Em pouco mais de uma semana, ele fez os exames no Edson Ramalho e a cirurgia no Metropolitano. Nós só temos a agradecer a todos os envolvidos nessa rede de cuidado, pois o atendimento ao meu irmão foi feito de forma ágil e humanizada. Onde a gente foi atendido, a gente foi bem recebido e com atenção, tudo foi explicado, e agora ele já se recupera muito bem”, disse  Claudiene Silva, irmã do paciente.

O diretor técnico do Hospital Metropolitano, Matheus Agra, avalia que a parceria foi exitosa para ambas as unidades. “É com grande satisfação que a gestão do Metropolitano recebeu essa missão da parceria com o HSGER. O desfecho de mais um tratamento com excelência ofertado pelo SUS é uma comprovação do comprometimento da gestão da PB Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado com a inovação em saúde”, disse. 

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde da Paraíba, atualmente existem oito pacientes diagnosticados que precisam da cirurgia de mastoidectomia. Após o primeiro atendimento integrado com sucesso, a meta da PB Saúde é oferecer esta mesma dinâmica de parceria entre unidades para dar conta desta demanda.

Com isso, após o diagnóstico, o paciente passa a fazer o atendimento ambulatorial e os exames no Hospital do Servidor General Edson Ramalho, e caso necessite de cirurgia, ela acontece no Hospital Metropolitano, uma vez por semana, conforme disponibilidade de salas cirúrgicas.

Para a Diretora de Atenção à Saúde da Fundação, Ilara Nóbrega, este tipo de parceria entre as unidades gerenciadas é mais uma forma de fortalecer as políticas de acesso à saúde pública, adotadas pelo Governo do Estado, em que a PB Saúde fornece à gestão. "Essa colaboração demonstra a eficácia de um atendimento integrado e coordenado, permitindo que pacientes recebam cuidados especializados de forma rápida e eficiente. O sucesso desse primeiro procedimento é um exemplo do nosso compromisso com a saúde pública e com a humanização do atendimento", completou.