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Unidades gerenciadas pela PB Saúde promovem ações alusivas ao Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

publicado: 18/10/2024 14h09, última modificação: 18/10/2024 14h09

Com o objetivo de sensibilizar os profissionais, unidades gerenciadas pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) estão realizando ações em alusão ao Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, comemorado em 12 de outubro. Presente nos serviços administrados pela PB Saúde, os cuidados paliativos são abordagens que melhoram a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio do alívio do sofrimento, tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física, psicossocial e espiritual. A programação alusiva à data nas unidades inclui atividades como palestras, debates, mesas redondas, capacitações e entrega de material informativo sobre o tema. 

Para a diretora de Atenção à Saúde da Fundação, Ilara Nóbrega, a conscientização sobre cuidados paliativos nos serviços de saúde é importante para garantir que os pacientes que necessitam deste tipo de cuidado, assim como seus familiares, recebam um atendimento conforme suas necessidades, especialmente em momentos críticos da vida. “É essencial entender que os cuidados paliativos vão além do controle da dor, abrangem aspectos físicos, emocionais e sociais, permitindo que a equipe de saúde desenvolva uma abordagem mais empática e centrada no paciente”, afirmou. 

Atividades no Hospital Metropolitano

No Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, a ação teve como foco a comunicação efetiva com o paciente.  “Um dos recortes mais importantes que existe em todas as áreas profissionais é a comunicação, que permeia nossos espaços de trabalho e também o nosso contato com o paciente, principalmente quando ele está em cuidados paliativos, que gera fragilidade emocional. Na nossa demanda de acolhimento, de traçar um plano terapêutico, é importante a gente ter uma comunicação efetiva, que gera uma tomada de decisão assertiva para gerar um plano terapêutico eficaz para o paciente em cuidados paliativos e, consequentemente, para os seus familiares”, destacou Simone Lins, responsável técnica pela Fonoaudiologia da unidade hospitalar. 

O evento aconteceu na quarta-feira (16), iniciando com uma palestra no auditório do hospital. A atividade teve como tema "A comunicação eficaz: construindo conexões significativas em cuidados paliativos" e foi ministrada pela médica geriatra paliativista Ana Carla Porto. Em seguida, ainda no auditório, foi realizada uma mesa redonda com o tema "Atuação da equipe multidisciplinar na comunicação em cuidados paliativos". Já no turno da noite, foi realizada uma palestra online sobre a tomada de decisão em cuidados paliativos, direcionada aos colaboradores do hospital e ministrada, também, pela médica Ana Carla Porto. 

De acordo com Felipe Piris, coordenador da Farmácia Clínica e membro da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Metropolitano, a comunicação integra a meta internacional número 2 de segurança do paciente e pode ser um ponto de fragilidade nos cuidados dos serviços de saúde. “Por isso, é essencial que todos os profissionais da equipe multi estejam alinhados quanto às metas terapêuticas e transmitam as informações de forma clara para os familiares e pacientes. No caso da farmácia, que é a minha área de atuação, os profissionais precisam orientar bem os pacientes ou acompanhantes sobre a finalidade e efeitos dos medicamentos recomendados, para que o tratamento seja feito de forma a otimizar o sucesso terapêutico”, enfatizou.

Atividades no HSGER 

Ainda na quarta-feira (16), no Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER), em João Pessoa, o dia foi de conscientização dos profissionais sobre o tema. Segundo a médica geriatra e presidente da Comissão de Cuidados Paliativos, Lilliam Kipper, a classificação de paliativos é feita a partir do momento em que há um diagnóstico de uma doença que ameaça a vida do paciente. “Há a fase em que os cuidados paliativos são administrados simultaneamente à terapia modificadora de doença”. Ela explicou que este tipo de abordagem envolve os âmbitos emocional, físico e social. “Atuamos no controle de sintomas e das dores”, sintetizou. De acordo com a médica, os casos mais comuns são os de oncologia e de idosos frágeis com demência.

Para incentivar a compreensão dos demais profissionais da unidade hospitalar, foram distribuídos panfletos informativos e foi realizada uma capacitação com a equipe de Enfermagem pela enfermeira Renata Thais sobre a hipodermóclise, uma via alternativa de administração de medicamentos subcutânea indolor. “Quando o paciente não tem condições de acesso venoso, é indicado usar essa técnica, em vez do acesso central, que é mais invasivo”, comentou.

A assistente social Poliana de Oliveira destacou que o atendimento aos pacientes que estão sob cuidados paliativos é multidisciplinar. Além da assistência social, na Comissão de Cuidados Paliativos, há os profissionais da psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, comissão de pele, nutrição e odontologia. “Essa assistência também é estendida aos cuidadores e familiares”, frisou.

Para João Batista, que está com a mãe internada há quase três meses, o trabalho das equipes é excelente. “Todos os profissionais explicam o que vão fazer e têm muito cuidado com ela. Minha mãe teve diarreia, e a nutrição modificou sua dieta, o que ocasionou melhora nesse aspecto”, contou. Em meio ao contexto da doença da mãe, ele avaliou que o atendimento multiprofissional atenua o momento difícil.

Atividades na Hemodinâmica de Campina Grande 

A programação alusiva ao Dia Mundial dos Cuidados Paliativos segue na próxima terça-feira (22) na Hemodinâmica instalada no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. Na unidade, o tema será “A atuação multiprofissional em cuidados paliativos”, introduzido por meio de uma palestra sobre a história, pilares e formas de atuação multiprofissional neste tipo de cuidado. 

Em seguida, serão realizadas mesas redondas abordando os seguintes pontos: atuação multiprofissional em ambiente cardiológico, o papel do médico nos cuidados paliativos, atuação da enfermagem no contexto dos cuidados paliativos, como promover conforto e qualidade de vida através da fisioterapia, intervenção do serviço social no apoio às famílias e na gestão de recursos, como conduzir e gerenciar a nutrição de pacientes em cuidados paliativos. Por fim, será aberto um debate com equipe multiprofissional, discutindo sobre os desafios e oportunidades da atuação multiprofissional em cuidados paliativos, com o compartilhamento de experiências e boas práticas entre os participantes.