Notícias

Roda de conversa reforça prevenção ao câncer de mama na Hemodinâmica de Campina Grande

publicado: 21/10/2025 12h03, última modificação: 21/10/2025 12h06

Outubro é mais que um mês marcado por campanhas e símbolos cor-de-rosa. É um período de alerta, informação e cuidado com a saúde da mulher. A estimativa de que uma em cada 20 mulheres no mundo será diagnosticada com câncer de mama ao longo da vida, conforme estudo publicado pela revista Nature Medicine em fevereiro deste ano, mostra a urgência do tema. No Brasil, o cenário não é diferente: segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 70 mil novos casos da doença são esperados até o fim de 2025.

De olho nesse contexto e na importância da prevenção, a Hemodinâmica do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande — que integra a rede estadual de saúde e é gerenciada pela Fundação PB Saúde — realizou, na tarde dessa segunda-feira (20), a roda de conversa “Outubro Rosa: Câncer de mama e câncer de colo de útero”. A iniciativa teve como foco capacitar os plantonistas da unidade, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do cuidado humanizado, não apenas com os pacientes, mas também com a própria equipe de saúde.

A ação foi conduzida pela enfermeira Julianna de Albuquerque e pela coordenadora assistencial do serviço de Hemodinâmica de Campina Grande, Jéssika Rocha. Na ocasião, as profissionais, que também são membros da Comissão de Humanização da PB Saúde, abordaram temas essenciais como fatores de risco, métodos de rastreamento, práticas preventivas e o impacto dos hábitos saudáveis. “Promovemos uma roda de conversa com os funcionários em alusão ao Outubro Rosa, reforçando temáticas como câncer de mama e colo de útero, principais medidas de prevenção, fatores de risco associados e autocuidado”, explicou Julianna de Albuquerque. “Também falamos sobre a importância da atividade física, os riscos do tabagismo e os principais métodos de rastreamento disponíveis”, completou.

A conversa destacou ainda a necessidade de combater mitos que cercam a doença e que podem atrasar o início do tratamento. “A disseminação de mitos pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento. Por isso, é essencial reforçar o valor da mamografia, que detecta tumores antes de se tornarem palpáveis. Quando identificado em estágios iniciais, o câncer de mama tem chances de cura que superam 90%”, alertou Jéssika Rocha.

Além da capacitação técnica, a roda de conversa também foi um momento de escuta e acolhimento, ressaltando o papel do hospital não apenas como espaço de tratamento, mas também como um ambiente de cuidado integral. “Falar sobre o câncer de mama é essencial, e iniciativas como a roda de conversa do Outubro Rosa reforçam o papel da informação na prevenção. Quando promovemos debates e trocas entre profissionais, não só sensibilizamos, mas também empoderamos nossos colaboradores com conhecimento. Isso se reflete em cuidado, atenção e diagnóstico precoce — pilares fundamentais para salvar vidas”, ressaltou a coordenadora administrativa do hospital, Thaíse Holanda, que também reforçou a importância de ações educativas dentro da rotina hospitalar.

Mamografia

Segundo o Ministério da Saúde, a mamografia é o principal exame de rastreamento do câncer de mama, recomendada a cada dois anos para mulheres de 50 a 74 anos, podendo ser iniciada antes, a partir dos 40, mediante orientação médica. O exame é capaz de detectar lesões milimétricas, invisíveis ao toque, permitindo que o tratamento seja iniciado o quanto antes.