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Formação prepara profissionais da PB Saúde para acolhimento humanizado a mulheres vítimas de violência
Com o objetivo de fortalecer a atuação dos profissionais de saúde no acolhimento e assistência a mulheres em situação de violência, a Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) promoveu uma formação voltada aos colaboradores do Hospital Regional de Guarabira (HRG) e do Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER). A capacitação, que integra as ações de humanização da Fundação, foi ministrada por Kaliandra de Oliveira, gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), Mônica Brandão e Cybelle Rocha, que atuam como técnicas na SEMDH.
O primeiro dia da formação ocorreu em 18 de outubro, na unidade hospitalar de Guarabira, e foi direcionado aos profissionais do HRG. Já o segundo encontro foi realizado na última sexta-feira (25), no auditório do hemocentro, com os colaboradores do HSGER. A capacitação foi organizada pela Comissão de Projetos Inovadores e Humanização (COPRIH) da PB Saúde, que tem trabalhado para engajar cada vez mais os profissionais na humanização do atendimento hospitalar.
Durante a formação, foram abordados os diferentes tipos de violência contra as mulheres, a rede de atendimento disponível e os serviços de proteção para as mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Kaliandra de Oliveira destacou a relevância de sensibilizar os profissionais de saúde sobre a complexidade do atendimento a esse público:
"É fundamental que os profissionais compreendam os tipos de violência contra as mulheres e conheçam a rede de serviços que está disponível para acolhê-las. Falamos sobre a importância de proteger e dar suporte a essas mulheres que chegam aos serviços de saúde muitas vezes fragilizadas. Capacitações como essa fortalecem o enfrentamento à violência doméstica e familiar, melhorando a qualidade do atendimento e a garantia de direitos", afirmou Kaliandra.
Anabelly Lopes, presidente da COPRIH, reforçou a importância desse momento para a humanização do atendimento nas unidades gerenciadas pela PB Saúde:
"Esse momento de formação foi realmente muito produtivo, até pela apresentação do fluxo das redes e de tudo aquilo que podemos fazer para melhorar a assistência. Quando uma mulher chega às nossas unidades, fragilizada pela violência, é essencial que ela seja tratada com cuidado e respeito, para que possa enfrentar essa situação. Contamos com a participação de assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, e o apoio da direção foi fundamental para viabilizar essa capacitação. Esse é um marco importante para a humanização do nosso atendimento," ressaltou Anabelly.
Márcio Andrade, colaborador do HRG, destacou a relevância da capacitação. "É uma satisfação muito grande participar de um evento tão importante para nós. Aprendemos sobre como nos comportar diante do acolhimento aos usuários do hospital, especialmente em casos de violência contra a mulher. Essa capacitação nos trouxe orientações valiosas para que possamos direcionar nossos atendimentos de maneira mais humanizada e eficaz," declarou Márcio.
Já a assistente social do HSGER, Yane Santos, compartilhou sua perspectiva sobre o impacto da formação para a equipe que compõe e também para outros setores do hospital. “Esse espaço de debate para discutirmos a violência contra a mulher, conhecendo mais da rede e dos serviços de proteção, é de suma importância para nós que trabalhamos em hospitais, pois somos porta de entrada para receber essa mulher. Então, é nesses espaços que conseguimos fortalecer a Rede de Proteção à Mulher e, com esse tipo de treinamento, ficamos munidos das ferramentas necessárias para oferecer um atendimento mais humanizado e eficiente" concluiu Yane.
A diretora de Atenção à Saúde da Fundação, Ilara Nóbrega, reafirmou o compromisso da instituição com a capacitação contínua dos colaboradores, visando melhorar o acolhimento e a assistência às mulheres vítimas de violência. “Estamos cumprindo com nosso compromisso social de proporcionar um atendimento cada vez mais humanizado e sensível às necessidades das mulheres em situação de violência. Teremos novas formações para continuar investindo na qualificação dos nossos profissionais de saúde, e, promovendo, assim, a garantia de direitos e uma assistência mais acolhedora", frisou a gestora.