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Coração Paraibano salva 450 vidas no primeiro mês de funcionamento

publicado: 10/04/2023 08h00, última modificação: 12/04/2023 08h33

Implantado na Paraíba há exatamente um mês, o programa Coração Paraibano já salvou a vida de 450 pessoas, entre procedimentos de urgência e eletivos realizados nas hemodinâmicas gerenciadas pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde - PB SAÚDE entre 10 de março e esta segunda-feira (10). Este programa, que é inédito no Brasil, está promovendo a capacidade de atender, em tempo hábil, pacientes com problemas cardíacos em qualquer cidade do estado, sobretudo os casos de infarto, cuja velocidade do atendimento é fundamental para a sobrevivência dos pacientes.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Jhony Bezerra, os investimentos aplicados no programa estão sendo utilizados com eficiência para salvar a vida de muitos paraibanos do litoral ao sertão do estado, e o programa já é um marco na saúde da Paraíba. 

“O Coração Paraibano é uma grande inovação, esse programa tem muito potencial, pois é o único programa, hoje, que tem uma assistência cardiológica integrada com redes em cada macrorregião via telemedicina. E ele será, com certeza, um dos grandes programas a nível nacional, pois nós já temos chamado a atenção do Ministério da Saúde”, frisou o gestor. 

Apenas em relação ao número de atendimentos de infarto agudo do miocárdio com supra, um tipo gravíssimo de infarto, foram realizados pelo Coração Paraibano, segundo dados da PB SAÚDE, 78 atendimentos na 1ª Macrorregião de Saúde, 101 na 2ª Macrorregião, e 89 na 3ª Macrorregião. 

Uma das pacientes que faz parte dessa história é Josefa Cavalcante dos Santos, de 67 anos, que sofreu um infarto e foi atendida na hemodinâmica, gerenciada pela PB SAÚDE, que fica no Hospital de Trauma de Campina Grande, município em que ela reside. Para sua filha, Maria do Socorro dos Santos, ver que a mãe foi salva graças a agilidade no atendimento do programa Coração Paraibano traz o sentimento de orgulho em ser paraibana.  

“Eu achei esse programa maravilhoso, porque mainha chegou aqui e estávamos todos preocupados, então eu vi que ela foi bem acolhida, bem atendida e isso me tranquilizou. Rapidamente realizaram um cateterismo e agora falta só uma angioplastia para ela poder voltar para casa. Graças a Deus, através deste programa, minha mãe hoje está viva, eu só tenho a agradecer a todos que de alguma forma contribuíram com isso”, relatou Maria do Socorro.

Os centros de referência do programa são o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, e o Complexo Regional Hospitalar Deputado Janduhy Carneiro, em Patos, unidades onde estão localizadas as hemodinâmicas.

 Assim que o paciente é diagnosticado com os sintomas, baseado no protocolo do Coração Paraibano, os médicos da unidade de saúde onde o paciente recebeu o primeiro atendimento vão conversar por telemedicina com especialistas do Metropolitano, hospital coordenador do programa, para receber orientação sobre os cuidados imediatos com medicação e exames de imagem. Quando necessário, o paciente é encaminhado pela Central de Regulação Estadual para realizar procedimento de intervenção na hemodinâmica mais próxima via transporte, que pode ser feito pela base de ambulâncias, pelo Grupo de Resgate Aeromédico (Grame), ou, via aeronave de UTI aérea.

Já a cardiologista intervencionista do Metropolitano e coordenadora do programa, Roberta Barreto, destaca a excepcionalidade do projeto em atender rapidamente os pacientes que sofrem infarto, além da capilaridade do atendimento. "Esse primeiro mês foi surpreendente dado a alta resolutividade do nosso protocolo. Apesar de ser pioneiro e ainda estar em fase de implantação, o nosso programa não deixou de atender sequer um paciente infartado no estado. Pacientes que antes não tinham chance de tratamento adequado porque moram no Sertão hoje podem ser direcionados para Patos e receber o tratamento em tempo hábil. Dessa forma nós garantimos a excelência no tratamento destes pacientes e reduzimos a mortalidade aqui no estado. Estamos no começo, tem muito trabalho ainda pela frente e seguimos com o programa salvando cada vez mais vidas", completou.